quarta-feira, 28 de março de 2012

AULA 4 - A ecologia como metáfora política: limites do pensamento ratzeliano



Na aula 4, discutimos as diferentes heranças do pensamento ratzeliano. A primeira parte da aula foi dedicada ao modo pelo qual a Filosofia Racionalista pareceu ter influenciado o desenvolvimento da geografia ratzeliana em seu momento inicial, presente nas obras Antropogeografia e Geografia Política. Argumentamos, por exemplo, o limite da suposta acusação determinista dentro do pensamento do autor, observando que não há uma conexão direta entre as formas naturais e os graus de desenvolvimento. Revelamos a influência da visão organicista e ecológica de Haeckel no seu pensamento, deixando claro que o cerne de sua obra era a discussão da política, do Estado, da fronteira e do povoamento. Também descartamos qualquer concepção estática para a Geografia ratzeliana, uma vez que o aspecto que causa a polêmica em sua obra nos séculos XIX e XX é justamente o dinamismo que ele prevê para os fatos políticos. De um modo geral, Ratzel procurava encontrar leis gerais para o desenvolvimento de uma Geografia Moderna. Por outro lado, discutimos como há um relativo esquecimento de sua contribuição presente em Völkerkunde (traduzida para o inglês como History of Mankind), no qual se apresentam descrições de povos e análises que remetem mais às tradições românticas do que propriamente ao pensamento racionalista. Nesse sentido, a perspectiva ecológica parece ter se transformado ao longo de sua trajetória acadêmica.

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